Autobiografia

Altamir Martins Alves, nascido em São Jerônimo da Serra, em oito de março de hum
mil novecentos e cinqüenta e oito, branco, sexo masculino. Não há lembranças deste
lugar, também não conheço, nunca fui lá.
Não sei ao certo com quantos anos fui morar em Ibaiti/PR., o que sei é que minhas
primeiras lembranças começam por esse lugar. Os primeiros anos de minha vida foram
um pouco sofridos, lembro que meu pai estava no exército, e eu ficava com minha mãe
que trabalhava no cafezal. Saíamos todos os dias 4 ou 5 horas da manhã e voltávamos 7
ou 8 horas da noite, acho que eu tinha uns 4 anos, me lembro que minha mãe colhia café
e quando era preciso subir na escadinha para colher os frutos do alto, (os fazendeiros
não gostavam que surrassem os frutos com pedaços de pau) quem subia era eu, e colhia
todos. A lembrança marcante dessa época foi o café frio, que até hoje quando paro pra
pensar, ainda sinto o gosto em minha boca. Acho que deve ter durado uns 3 ou 4 meses,
depois minha mãe foi trabalhar na beneficiadora de café, ela trabalhava na escolha do
café “seleção dos frutos”, eu sempre junto, éramos só nos dois, acho que deve ter
durado 1 ou 2 anos, foi quando meu pai saiu do exército e veio morar com a gente
(Viramos uma família), mudamos para Figueira/PR meu pai foi trabalhar na mina de
carvão, morávamos numa casinha pequena, alugada; as lembranças que tenho dessa
época são meio desastrosas, acho que devia ter uns 5 ou 6 anos, tinha um menino mais
velho que eu e morava no mesmo quintal, me pegou para saco de pancadas, era só me
encontrar que já ia dando chutes e sopapos. Duraram algum tempo esses castigos, até
que um dia, quando estava indo na padaria, ele tentou me bater, corri, porém ele jurou
me pegar na volta..., comprei o pão e quando estava voltando, ele estava esperando no
portão, não tive dúvidas, peguei uma pedra e atirei nele, acertei no alto da cabeça do
infeliz, cortou, sangrou..., fui pra casa contei pro meu pai e o resto ele resolveu com o
pai do menino. Nunca mais ele me bateu. Nessa época, nasceu minha irmã, tudo ia bem,
de repente meu pai viajou de novo, foi pra Monte Alegre hoje Telêmaco Borba,
procurar emprego na fábrica de papel Klabin do Paraná. Ficamos eu minha mãe e minha
irmã, ele deve ter ficado uns três meses longe, foi quando minha mãe arrumou nossas
coisas e fomos atrás dele. Fomos morar em Telêmaco Borba, comecei a estudar.
Lembro com saudades das minhas professoras do primário (1º ao 5º ano), uma delas
muito especial Dona Requilda, minha professora do 3º ano, sempre ia a casa dela
assistir televisão. Minha estada pelo colégio estadual, no 1º ano ginasial, foi menos de
um ano, nem terminei, fui estudar no SENAI, terminei meu curso ginasial em 1975, e
fui trabalhar na fábrica, trabalhei dois anos, resolvi morar sozinho, fui embora para São
Bernardo do Campo/SP, fui trabalhar numa construtora como apontador de cartão,
muitas lembranças agradáveis, trabalhei durante 8 anos lá, depois trabalhei nos correios
e na BASF. Em 2000 vim para Curitiba, em 2004 comecei a trabalhar na Secretaria da
Educação, como PSS. Já trabalhei no colégio Ivo Leão, no CEEBEJA SESI CIC, no
colégio Dirce e atualmente no Marli Queiroz.
Aqui em Curitiba, já fui micro-empresário fabricante de granola, cantineiro de escola,
vendedor de salgadinhos e até candidato a vereador em 2008, em 2012 vou tentar
novamente.
Meus passatempos preferidos são: corridas de fórmula um futebol e um bom filme.
Gosto de leituras diversas e adoro escrever poesias. (meu site de escritor, recanto das
letras/altamir.)
Uma frase que gosto muito é:
“Para saber que o céu é azul em toda parte, não é preciso dar volta ao mundo.” Goethe.



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